Saídas de Campo

A Floresta da Tijuca (PNT) é muito mais que um local para trilhas com a família aos finais de semana. A floresta é reconhecida mundialmente como um dos primeiros projetos de restauração em larga escala, no século XIX . O movimento liderado pelo Major Archer contou com o plantio de mudas e conservação de árvores foi essencial para a recuperação das nascentes que realizavam o suprimento hídrico da cidade. Atualmente, a Floresta da Tijuca é uma das maiores florestas urbanas do mundo. Venha conhecer sua história com o Dr. Gabriel Sales.

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Dr. Gabriel Sales estudou profundamente o histórico da Floresta da Tijuca durante seu doutorado. Idas a campo, revisão em documentos históricos, revisões bibliográficas, estudos dendrocronológicos e mais permitiram um novo olhar da Floresta, que vai além do saber popular. Gabriel conhece o PNT como poucos, e irá transmitir para vocês a história e a ecologia por trás da floresta urbana mais famosa do Rio de Janeiro.

A REGUA é um dos principais exemplo de restauração em propriedade privada do Brasil. Atualmente compreende 5 RPPNs, que somam 730 hectares de áreas destinadas à conservação da natureza e à manutenção da biodiversidade na bacia do rio Guapiaçu. Conta com o plantio de mudas nativas, viveiro, monitoramento florestal, e reintrodução de fauna. Durante a saída de campo, Nicholas Locke irá apresentar algumas dessas iniciativas.

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Nicholas Locke, nascido na Inglaterra, veio ao Brasil cuidar da propriedade de sua família. Em 2001, junto com a esposa Raquel, idealizou e fundou a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) para conservar o remanescente florestal da propriedade. A partir de 2003 começou a alavancar recursos no exterior para aquisição de terras para garantir a sua proteção e reflorestar as áreas degradadas para aumentar a área protegida, buscando parcerias com o Poder Público e as comunidades do entorno. Através da criação de RPPNs, a ONG REGUA constitui um legado ambiental para o município de Cachoeiras de Macacu.

A Ecologia Urbana é um campo do conhecimento que estuda o ambiente e os sistemas naturais dentro das áreas urbanas, avaliando as relações entre seres humanos, animais e plantas. Na monotonia da rotina da cidade, esquecemos de olhar toda a vida que existe em volta de nós: árvores florescendo, aves cantando, micos pulando de árvore em árvore. Essa saída de campo irá explorar as interações ecológicas que existem na cidade do Rio, e que muitas vezes são esquecidas.

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Dr. Richieri Sartori e Dr. Henrique Rajão, professores da PUC-Rio, irão ministrar essa saída de campo. Richieri trabalha principalmente com restauração florestal, enquanto Henrique é ornitólogo e observador de aves. Alguns anos atrás, em uma série de conversa entre os dois, perceberam que tudo que estudavam em florestas intocadas também existia no quintal de casa, e estavam cegos para isso. Assim, surgiu o desejo em ambos de estudar a ecologia urbana do Rio de Janeiro. Desde então, estabelecem parcerias nesses trabalhos, e irão compartilhar com vocês um pouco do que podemos observar de ecologia na cidade maravilhosa.

A restinga e o mangue são ecossistemas muito afetados pela expansão urbana e pela especulação imobiliária em cidades costeiras. Contudo, ainda existe pouco conhecimento de como recuperar essas áreas, uma vez que a restauração ecológica ainda se limita principalmente a formações florestais. Dr. Luiz Zamith irá apresentar  o Bosque da Barra, e desafios para a conservação e restauração dessas formações.

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Dr. Luiz Zamith trabalha com restauração ecológica em restingas e manguezais a muitos anos, sendo um dos principais pesquisadores nessa área. Já teve muitos sucessos e fracassos em suas iniciativas, mas seu trabalho é essencial para alavancar a necessidade de conservar esses ecossistemas frágeis. Além disso, luta pela expansão da restauração para além da floresta. Durante a saída de campo, irá compartilhar algumas de suas histórias, mostrar diferentes casos de restauração nas áreas, e apresentar o viveiro Rizinni.